Ensino e Aprendizagem

Neste espaço serão encontradas sugestões de experimentos, simulações e outras atividades 
para o Ensino Fundamental e Médio



UM FUTURO POSSÍVEL ONDE O DESTINO DE TODO O SER HUMANO DEPENDE DE SEU CÓDIGO GENÉTICO

         Em uma das oficinas de biologia as bolsitas Andréia Belusso e Jéssica Pauletti no intuito de abordar as preocupações sobre as tecnologias reprodutivas e as possíveis consequências de tais desenvolvimentos genéticos/ tecnológicos para a sociedade passaram o filme Gatacca, que no Brasil recebe o nome de Gatacca- uma experiência genética.
         Num futuro no qual os seres humanos são escolhidos geneticamente em laboratórios, as pessoas concebidas biologicamente são consideradas inválidas. Vincent Freeman (Ethan Hawke), o primogênito, nasceu do amor de seus pais sem preparos genéticos. Tem desde pequeno, o desejo de ser um astronauta, mas tem em seu código genético predisposições a doenças que não lhe permitem nada melhor em vida que o emprego de faxineiro. Consegue, porém, um lugar de destaque em uma corporação, escondendo sua identidade genética verdadeira. Tudo segue perfeitamente, com muito esforço, até que um assassinato em seu emprego põe sua máscara em risco, podendo expor seu passado. Gattaca se passa num suposto tempo futuro não tão distante, mostra uma sociedade em que o Estado tem controle sobre a visão social da qualidade genética e em que tal manipulação genética criou novas espécies de castas, preconceitos e divisões sociais, aparentemente legitimadas pela ciência. Aos pais que desejam ter filhos é dada a oportunidade de escolher e manipular a interação entre seus gametas, para gerarem filhos com a combinação melhor de qualidade genética possível. Esse procedimento acaba criando uma distinção de quem está mais apto para fazer o que na sociedade e como resultado final, gera uma tarja a ser carregada pelo resto de suas vidas:Válido, no geral frutos dessa combinação genética planejada; ou Não-válido, humanos menos perfeitos, com mais propensões a doenças e deficiências, mesmo que mínimas. Aos Válidos são disponibilizados os melhores empregos e as grandes competições, enquanto para os Não-válidos é limitada a liberdade de escolha, por meios socioeconômicos, a exemplo, pelo seu currículo genético não se consegue um emprego melhor que faxineiro. A história do filme envolve dois irmãos, "Vincent Anton" e "Anton", respectivamente concebidos de maneira natural e manipulado geneticamente. Ambos carregam o nome do pai, mas ao saber do resultado genético do primogênito, o pai inclui um primeiro nome diferente no filho não tão perfeito, resguardando seu nome para um segundo filho, supostamente o mais bem sucedido.O primeiro, Não-válido, mesmo tendo predisposição a várias doenças e uma previsão de sua morte para seus 30 anos, busca realizar seu sonho contra tudo e todos. Deseja Viajar para as estrelas e com todo seu esforço e um pouco de corrupção do sistema, tenta superar os limites impostos ao seu destino, sendo obrigado a esconder de todos quem ele realmente é. Uma curiosidade pertinente é o significado do acrônimo Gattaca: Trata-se da ordenação de uma série de bases nitrogenadas que compõem o DNA, no caso a Guanina Adenina Timina Timina Adenina Citosina Adenina. Este filme chama a atenção para a racionalização da importância da genética na construção do ser humano. Realça que cada pessoa é o resultado das interações complexas entre o seu patrimônio genético e o meio, sendo este determinante no desenvolvimento da personalidade e competências do indivíduo. Desta forma, a única coisa que se pode determinar pela análise do genoma é o potencial do indivíduo, mas, devido à importância do meio, pode ser uma análise falaciosa e perigosa, como atesta o filme. Numa altura em que a genética está na ordem do dia, é importante ter sempre presente esta noção para que não nos deixemos deslumbrar ao ponto de construirmos uma sociedade discriminatória e injusta para a qual o filme nos tenta alertar (http://www.cienciaviva.pt/projectos/genoma2003/filme.pdf).
      Depois de assistir ao filme os alunos responderam algumas questões que discutiam os temas trabalhados nas aulas de genética e que foram abordados no filme.  Os alunos se mostraram bastante interessados durante o filme e responderam as questões com uma certa facilidade.
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QUÍMICA NO ESPORTE: DOPING

     Este ano realizou-se um dos grandes eventos do mundo esportivo: os Jogos Olímpicos em Londres. Infelizmente, neste evento houve diagnóstico da casos por doping pelo uso do medicamento eritropoetina (EPO), em muitos casos. Além disto, houve grande repercussão na mídia sobre a investigação a respeito de um grande ciclista, o qual acabou sendo punido pela organização do esporte dos EUA por utilizar nas competições medicamentos que beneficiavam seu desempenho.
    Diante destes acontecimentos e sabendo que cada vez mais pessoas vêm a utilizar medicamentos no intuito de sanar muitos efeitos no organismo e até obter um corpo musculoso, as acadêmicas/bolsistas de Química Adriane Martins, Alessandra Lima, Maiara Fantinelli e Patricia Hossel desenvolveram uma oficina com a temática “Doping no Esporte”. Esta oficina aconteceu em três momentos:
 
  1. Os alunos foram conduzidos à quadra de esporte do colégio onde deveriam encontrar notícias e reportagens que estavam escondidas neste local. Após encontrá-las e antes de iniciar a leitura e discussão das notícias, levantamos os conhecimentos que os alunos tinham sobre medicamentos anabolizantes, estimulantes, doping e casos recentes do mesmo. Todos os alunos demonstraram possuir bastante conhecimento a respeito, isso foi muito positivo para as atividades posteriores. Em seguida, os textos jornalísticos foram socializados e discutidos no grupo, sendo abordados os seguintes assuntos: caso de doping de Lance Armstrong, hormônio sintético EPO, medicamento Deca Durabolin e dano dos anabolizantes no organismo. 
  2. Posteriormente, organizamos as ideias e aprofundamos alguns conceitos para que os alunos tivessem melhor compreensão sobre a temática da oficina. Os tópicos tratados foram: breve histórico do controle de dopagem no esporte, agentes anabólicos, esteroides endógenos e sintéticos, estimulantes, abuso de esteroides e estimulantes, estimulantes no contexto do controle de dopagem no esporte, narcóticos e diuréticos, estratégia do exame antidopagem e urina como matriz de escolha. Foi mostrado aos alunos, imagens destes medicamentos e seus efeitos no corpo. Os alunos mostraram-se interessados por meio da participação, questionamentos e complementações nos tópicos anteriormente citados. 
  3.  Como fechamento da oficina e forma de avaliar o “efeito” da oficina no pensamento e atitude dos alunos, foi proposto aos mesmos a elaboração de um cartaz que chamasse atenção das pessoas sobre o tema e tivesse informação a respeito, de maneira a sensibilizá-las pelo assunto. Os alunos abusaram da criatividade e demonstraram que compreenderam o tema e o objetivo da atividade. 
      Ao trabalhar “Doping no Esporte” foi possível identificar que os conhecimentos prévios dos alunos se ampliou a partir da interação com os conhecimento científico. Nesta oficina, houve estabelecimento do diálogo e constante processo de ensino-aprendizagem dos acadêmicos/bolsistas e dos alunos.

 
 
 
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 INTERVENÇÕES: MAIS UMA FORMA DE CONTRIBUIÇÃO DO PROJETO 
PIBID-CIÊNCIAS

     Desde meados de outubro desse ano o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) no Colégio Doze de Novembro, a área da Biologia acatou algumas mudanças no desenvolvimento do projeto junto aos alunos. As atividades da quinta-feira, pela manhã, permaneceram as mesmas e
outro momento em sala de aula passou a ser destinado sob a forma de intervenções pontuais, com a presença da professora e o comparecimento dos alunos no turno normal.
      Foram formadas parcerias com as professoras de Biologia dessa escola. Primeiramente foi sentado para ver quais os conteúdos que poderiam ser trabalhados em conjunto e as possíveis atividades que serviriam de complemento, articulado com aquilo que a professora estava trabalhando em sala.
      Das intervenções realizadas até o momento citamos:

  • Exemplares do reino vegetal: foram mostradas espécies do reino vegetal, para isso coletamos pelo menos um exemplar de briófitas, prteridófitas, gminosperma e angiosperma, ainda trouxemos alguns exemplos de flores e frutos. Ademais apresentamos dois herbários - um sobre algas, que foi emprestado de uma professora da UFFS e o outro era sobre as plantas da praça de Realeza, resultado de uma oficina de taxonomia feita com os alunos da quinta-feira. Os alunos dialogaram com as bolsistas, se interessaram pelas espécies e fizeram várias perguntas interessantes. 
  • Jogo das plantas: consistia num jogo de perguntas e respostas a respeito das plantas. A turma foi dividida em dois grupos – a pergunta era projetada no quadro por meio de slides, tinha-se um tempo para responder e caso fosse certo recebia uma quantia de pontos, caso não soubessem passava a vez e diminuia-se a pontuação. Foram revisidos assuntos referentes a raiz, caule, folhas, frutos. 
  • Noções básicas de microscopia: os alunos foram levados ao laboratório de ciências do colégio. Por meio de uma apresentação de slides foram apresentados a história, partes e funções principais do microscópio óptico. As partes foram mostradas numa figura representativa no slide e também em forma real no instrumento ali presente. Também retomou-se alguns conceitos chaves e ligados diretamente ao microscópio, como os componentes básicos da células, sua composição, diferenciação. Depois disso, cada aluno recebeu uma folha que continha o desenho de um microscópio, eles por sua vez, deveriam apontar o nome das partes e as respectivas funções. Enquanto eles desenvolviam essa tarefa, de um a um foram observar um exemplar de célula já focado no microscópio. Ao final entregaram a atividade e comentaram que foi interessante, pois é algo que não tinha sido trabalhado e é algo que eles vêem muito em notícias. 
  • Bingo das ervilhas: por meio da leitura e interpretação de um artigo “Cruzamentos mendelianos”: o bingo das ervilhas da Revista Genética na Escola, aplicamos o bingo que corresponde a primeira lei de Mendel. Essa atividade pode ser aplicada, uma vez que os alunos já tinham visto com a professora os conceitos e fundamentos acerca da primeira lei. Os alunos receberam uma cartela que continha alguns cruzamentos preenchidos e outros não, conforme o sorteio dos pares de genótipo, os alunos faziam o cruzamento (coluna e linha), caso tivessem o desenho nessa casinha colocavam uma pipoca em cima. As cartelas foram imprimidas do artigo e plastificadas, assim a atividade pode ser aplicada a outros alunos. Alunos e inclusive a professora jogaram.
      Apesar de terem sido poucas as intervenções, elas foram aplicadas a mais de uma turma o que atingiu um grande número de alunos, o contato com as professoras também deve ser considerado, pois estávamos aprendendo o tempo todo. Ainda, salientamos que tivemos que aprender a lidar com turmas maiores daquelas que geralmente estávamos acostumadas. Essa forma de trabalho ajuda os professores e amplifica a visão das acadêmicas/bolsistas. 
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UMA AVENTURA COM A FÍSICA

     No início do mês de agosto, as bolsistas Claudia Nenning, Dioni Angelin e Flavia Rommel começaram a desenvolver oficinas de física básica. Todas as terças-feiras as bolsistas estão no colégio, nos períodos matutino e vespertino, onde desenvolvem atividades com alunos do Ensino Médio Regular e Profissionalizante que estudam no período contrário da atividade.
     Neste período foram desenvolvidas várias atividades na modalidade de oficinas buscando atender os três anos de formas diferenciadas. Isto pode ser observado pelas oficinas desenvolvidas:

1. GRANDEZAS E UNIDADES DE MEDIDA DE BASE
     Esta oficina surgiu com o intuito de mostrar aos alunos quais são as principais unidades de medidas usadas no Sistema Internacional de Unidades (S.I.), demostrando a parte histórica de como surgiu as unidades padrões de medidas e quais as formas de conversões das mesmas. Para tornar a oficina mais interessante, os alunos foram organizados em grupos e mediram de diferentes formas, o volume de alguns utensílios.

2. TRANSFORMAÇÃO DE UNIDADES DE MEDIDAS
     Para despertar mais a curiosidade dos alunos, nesta oficina foi trabalhado as transformações da unidades de medidas. Para isso, utilizou-se o seguinte dominó:



     Este dominó possuía 32 peças que, montadas corretamente, formam um círculo completo. Com esta atividade, foi possível observar que os alunos demostram mais interesse nas oficinas quando estas acontecem de forma dinâmica e com o uso de algum instrumento lúdico.

3. OFICINA DE GEOMETRIA ÓPTICA
     Também foram desenvolvidas atividades relacionadas a óptica com os alunos do 2º e 3º ano, no período das 18 às 19hs no colégio. Para uma melhor compreensão, primeiramente as bolsistas de biologia auxiliaram com a explicação das partes do olho para a formação da visão, após isso a física começou a trabalhar a partir da história da óptica, apresentando quais os principais pensadores sobre o assunto ao longo dos anos.
      Ao seguir da oficina, foi proposto aos alunos a criação de câmaras escuras em casa. Os mesmos usaram a criatividade e colocaram a mão na massa.



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FOCANDO NA PREPARAÇÃO PARA O ENEM

     Nas aulas de preparação para o Enem, os bolsistas Cleiton Paz, Dioni Angelin e Maiara Fantinelli estão trabalhando questões das áreas de Biologia, Física, Matemática e Química das edições anteriores do ENEM e de vestibulares. O modo de como trabalhá-las está sendo diferenciado em alguns momentos, no intuito de tornar as aulas menos monótonas: primeiro ocorre discussão das mesmas e após a resolução, ou ao contrário; também é abordado e discutido inicialmente determinado tema, como os trabalhados até o momento: energia nuclear e petróleo, seguido pela exibição de vídeos relacionados e aplicação de questões referentes a tal tema seguidos de outros, contemplados nas áreas trabalhadas.
     Objetivando descontração e maior interesse dos alunos em participar das aulas, ocorrem atividades, como charadas e esconderijos de questões, que levam a descoberta das mesmas escondidas na área do colégio. Utiliza-se também como estratégia para quem errar a resposta da questão, a partir da escolha de papeis dobrados, o desenho do nome de filmes, personagens, cantores e músicas, descritos no papel sorteado pelo sujeito. Logo, os demais tentam adivinhar o que o colega está desenhando no quadro. Ao final, o grupo todo, bolsistas e alunos, participam desta atividade, integrando assim mais o grupo. Algumas aulas ocorrem no pátio do colégio, no intuito de trocar a sala de aula pelo ambiente aberto, sem perder o foco na aprendizagem.





     Diante disto, os alunos têm demonstrando interesse, participação e aprovação das atividades e, gradativamente, observa-se melhoria na interpretação e no raciocínio lógico dos mesmos por meio do trabalho desenvolvido pelos bolsistas.

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OFICINA FERMENTAÇÃO
“O PÃO NOSSO DE CADA DIA”

      O pão é um alimento diário nosso, mas será que os alunos pararam e se perguntaram quais os aspectos químicos e biológicos sobre esse alimento tão antigo? Fazer Ciência independe de fumaça, gênios, vidrarias pode ser realizado por todos, afinal cada um constrói seu conhecimento. Dentro dos objetivos ligados a essa aula estão: Compreender o comportamento dos fungos e consequente presença na vida dos alunos; entender o processo de fermentação, nesse caso, a alcoólica; desenvolver atividade de investigação acerca desse tema e relacionar com assuntos ou informações que trabalhem com esses conteúdos.
      Na metodologia se utilizou da seguinte sequência: primeiro os foram divididos em três grupos e cada um deles recebeu uma receita de pão (em duas delas existiam modificações chaves nos ingredientes), porém eles não sabiam disso. Uma regra da atividade é que deveriam conversar somente no grupo. Os ingredientes ficaram na mesa da professora e eles vinham até essa sempre que necessário.
      Eles amassaram a massa e deixaram descansar por um peroído, cerca de uma hora. Enquanto acontecia esse processo, as professoras recapitularam bactérias e fungos, apontando características principais e aplicações. Depois disso, eles fizeram a observação final e comentavam sobre o que havia ocorrido.
      Com o que eles falaram e com a explicação de antes, partimos para o entendimento da fermentação, conforme conversavámos com eles, era feito um link com o experimento. Eles participaram ativimente no desenvolvimento da compreensão da atividade. Ao final foi pedido para que descrevessem o que tinham aprendido e muitos apontaram que mesmo tendo contato com o pão todos os dias não sabiam o processo o qual ele é condicionado, bem como a importância do açúcar sendo forma de alimento ao fungo ou bactéria (micro-organismos associados muitas vezes só as doenças), além disso, a junção de ingredientes para a formação da massa.
 

 



  


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OFICINA DE ANATOMIA DO OLHO
“SEU OLHAR FOI DE ENCONTRO AO MEU”: DESVENDANDO OS MISTÉRIOS DESSE FASCINANTE SENTIDO

      A visão é um dos cinco sentidos humanos, e particularmente, possui sua importância, sendo que por meio dessa podemos apreciar as belezas do mundo, enxergar o semelhante, ler e conhecer. Esse sentido e os demais geralmente são estudados de forma supérfula e muitos pontos não são percebidos. Como nossos olhos funcionam? Quais as partes que o compõem? Qual sua importância para a nossa sobrevivência? Nossa aula busca sanar tais interrogações. Lembrando que essa minioficina teve a duração menor, cerca de 1 hora, e ela é um complemento da Oficina de Geometria óptica de física.
     As pibidianas montaram um olho humano com materiais alternativos e esse foi nosso modelo contendo algumas partes internas e externas como por exemplo córnea, íris, esclerótico, coróide, retina, nervo óptico e humor vítreo. A explicação da aula ocorreu por meio de slides e explicação das partes no modelo.
     Foi possível observar que eles prestavam atenção e entendiam conforme explicação, eles mesmo por meio de perguntas ao final, apontaram isso as professoras. Além disso, eles não tinham a ideia de como o olho é complexo e que todas as partes tem sua função e são essencias na visão do ser humano.




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APRENDENDO QUE A BOTÂNICA NÃO É ESTÁTICA: UMA AULA PRÁTICA DE TAXONOMIA DAS PLANTAS NA PRAÇA PRINCIPAL DE REALEZA-PR

     O estudo sobre a taxonomia das plantas foi desenvolvido devido à algumas percepções que desenhavam um mapa relativamente extenso de dificuldades no que tange o conteúdo de taxonomia, tanto no entendimento da classificação das plantas como na fonética dos nomes científicos. Entendendo que esse tema é complexo e que um estudo baseado na decoreba de nomes sem sentidos torna a aprendizagem ausente de significação para o aluno, projetamos uma aula prática com o objetivo de desenvolver habilidades de observação e identificação de diferenças e semelhanças entre objetos, para que o aluno compreendesse o princípio básico da taxonomia e como a classificação dos seres vivos é importantíssima para a área biológica já que permite aos cientistas de todo o mundo diálogo entre si facilitando o desenvolvimento das pesquisas.
     A metodologia da oficina desenvolveu-se nas etapas descritas a seguir: na praça em grupos pequenos eles receberam alguns botões aos quais deveriam descrever as características dos mesmos, depois houve uma discussão para entender os critérios que os levaram a essa de classificação. No segundo momento, dois grandes grupos ficaram divididos sendo que o primeiro ficou encarregado de identificar as plantas da praça anotando o nome popular e registrando uma foto de cada planta ou parte dela. O segundo grupo coletou uma amostra de cada para a confecção de um herbário, lembrando tomaram-se os cuidados para que nenhuma planta sofresse danos maiores. Posterior a isso, no colégio os alunos pesquisaram em sites os nomes científicos das plantas catalogadas na praça tendo como referência as fotografias já devidamente reveladas, depois disso, foram até na sala na qual confeccionaram um herbário que continha as plantas coletadas anteriormente, as fotos, o nome científico e popular, as características gerais e as fotos. Para finalizar o trabalho os alunos descreveram um breve relato a respeito de todas as etapas desenvolvidas durante toda a oficina.
     Entre os resultados e discussões percebemos que a oficina contribuiu consideravelmente no processo de aprendizagem do conteúdo de taxonomia, destarte nos foi relatado pelos próprios alunos que a aula foi produtiva e divertida ao mesmo tempo e que a aproximação real das plantas proporcionou uma inter-relação entre teoria e prática. Também houve contribuição na socialização dos próprios alunos que discutiram em todas as atividades de grupo a importância de compartilhar conhecimentos para agilizar e melhorar o processo.
     Das considerações finais apontamos que ao ser trabalhado o conteúdo de taxonomia, o quadro e o livro parecem ser os únicos aliados do professor, no entanto, por meio da oficina aqui relatada temos uma prova contrária disso. Desde a dinâmica com os botões até a confecção do herbário os alunos demonstraram prazer naquilo que estavam trabalhando o que por consequência auxiliou na aprendizagem. O PIBID é uma das oportunidades para testar nossa imaginação e as metodologias com os alunos para que o espírito científico e o gosto à Biologia sempre cresça.



  




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REAÇÕES QUÍMICAS EM FOCO

      Numa proposta de problematização dos conceitos químicos dentro de uma abordagem investigativa, o ensino de química necessita promover uma aproximação entre o aluno e o objeto de estudo desta área para que o indivíduo compreenda e se aproprie do conhecimento químico (GIORDAN, 1999). Segundo as DCE do Paraná (2009), isto torna-se possível por meio da experimentação, que possui um caráter motivador e auxilia o processo de ensino e aprendizagem. Nesta perspectiva, as bolsistas Alessandra M. de Lima, Maiara Fantinelli e Patrícia Hossel desenvolveram experimentos assim como os próprios alunos do Ensino Médio do Colégio Estadual Doze de Novembro, nas aulas de Química, no intuito destes sujeitos compreenderem o conceito de reação química, os indicadores que confirmam sua ocorrência e relacionarem os elementos fundamentais com sua aplicabilidade no cotidiano. Anterior as experimentações, vários tipos de vidrarias, presentes no laboratório do Colégio, foram apresentadas aos alunos explicitando suas respectivas funções.
     Inicialmente, os experimentos foram desenvolvidos pelas bolsistas, como estímulo ao estudo e a curiosidade do tema. Seguem eles:

A) Decomposição do peróxido de oxigênio: os alunos foram instigados a levantarem hipóteses que explicassem porque a brasa, do palito, acendia dentro do tubo. Neste experimento, os alunos puderam observar a mudança de coloração e o desprendimento de gás. 

Dióxido de manganês + peróxido de oxigênio


Desprendimento de oxigênio - Combustão
Iodeto de potássio + peróxido de oxigênio
Desprendimento de oxigênio e mudança de coloração

B) Enchendo o balão sem o ar do pulmão: a observação entre a reação entre o vinagre e o bicarbonato de sódio, possibilitou a explicação para o aumento de volume do balão.


C) Pasta de dente de elefante: neste experimento, os alunos diagnosticaram o desprendimento de gás como comprovação da reação química. 

Peróxido de oxigênio
Detergente

Corante alimentício
Iodeto de potássio


D) Extintor de incêndio: utilizando material reutilizável, os alunos puderam ter compreensão de como funciona um extintor, utilizando bicarbonato de sódio e vinagre comum. Após este experimento, os alunos foram instigados a verificar os tipos de extintores presentes no colégio e para que tipo de incêndio ele poderia ser utilizado.

Colocação do bicarbonato de sódio (tubo de ensaio) dentro da garrafa (vinagre)
Agitação

        O entusiasmo dos alunos era tanta que foi solicitado aos mesmos que trouxessem outros experimentos. Dessa forma, os experimentos realizados foram: 
E) Fumaça colorida: observação de mudança da cor pela presença e combustão do sulfato de cobre.

Maceração
 

Combustão
F) Queimando magnésio: modificação da coloração da chama por meio da queima da substância química.

Maceração do magnésio

Observação de mudança na coloração da chama
        Durante o desenvolvimento das experimentações e após as mesmas, foi possível diagnosticar que os alunos foram capazes de trabalhar em cooperação, compartilhar resultados em grupo, respeitar e comparar as ideias opostas. O destaque ao interesse e a participação efetiva dos alunos permitiu desencadear diálogos e discussões pertinentes a outros contextos referentes a temática.

Referências Bibliográficas
Giordan, M. Química Nova na Escola, 1999, 10.
Paraná. Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná – SEED, 2009.

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OFICINA DE BIOLOGIA: A CIÊNCIA POLÊMICA

       Cada vez é mais comum ouvir temas científicos percorrendo os meios midiáticos de alguma forma, muitas vezes com interpretações equivocadas de uma ciência que só tem a contribuir. Em virtude a isto as bolsistas Andréia e Jéssica, da oficina de Biologia, elaboraram uma aula com o objetivo de esclarecer dúvidas e aprimorar os conhecimentos sobre estas questões. A aula denominada “A ciência polêmica” teve como metodologia a entrega de um questionário aos alunos, contendo questões sobre temas polêmicos da ciência como, por exemplo: você já ouviu e/ou viu algo nas redes de comunicação sobre inseminação artificial? O que são células tronco? Tendo em vista a expedição do Curiosity a Marte, você acha importante as explorações espaciais?
       Todos os questionários continham as mesmas questões. Propôs-se para os alunos, dentro de um tempo de 40 minutos, que saíssem nas ruas da cidade de Realeza, buscando entrevistar quatro pessoas. Depois que os alunos retornaram cada um relatou como foi a busca pelas respostas, como as pessoas viam os assuntos apenas do ponto de vista passado por algumas emissoras de televisão ou como constroem opiniões errôneas sobre o assunto por meio dessas falácias midiáticas.
       Após se construiu uma tabela com os dados obtidos. Durante a junção dos dados foi permitido que os alunos percebessem como as pessoas recebem informações distorcidas e criam críticas negativas e sem sentido sobre assuntos que desconhecem cientificamente. Após as professores fizeram uma intervenção oral sobre os temas apresentados, ancorando-os epistemologicamente, e anulando mitos ou destruições conceituais propostas pela mídia. Para a aula as bolsistas usaram o texto “Educação Científica na Mídia Impressa Brasileira: avaliação da divulgação de biologia celular em jornais e revistas selecionados” de LEGEY, JURBERG e COUTINHO.






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OS ACADÊMICOS VÃO À ESCOLA, OS ALUNOS VEM À UNIVERSIDADE

       Muitos dos processos que ocorrem na vida dos seres vivos não são macroscópicos e, portanto, para melhor compreensão em seus estudos são necessárias algumas inferências, que na maioria das vezes não ocorrem pela falta de estrutura ou de preparo científico prático. Os docentes são os responsáveis pela formação científica de seus alunos (ALMEIDA et al., 2010). Por esse motivo as acadêmicas bolsistas Andréia Belusso, Jéssica Pauletti e Adriane Martins promoveram uma aula no dia 23 de junho em que os alunos saíram da sala de aula e se dirigiram para o laboratório de microscopia da UFFS. As bolsistas planejaram a aula de modo a encerrar o conteúdo de biologia, visto que seria a última aula naquela escola.
         A aula teve como objetivos o contato dos alunos com microscópios, lupas e aprendizagem de manipulação básica desses aparelhos, além de reforçar e poder visualizar na prática conteúdos que até então eram apenas conceitos teóricos. Os alunos mostraram bastante interesse pela aula e até destacaram pontos sobre a visita que não havia sido refletida como consequência desta pelos bolsistas, em exemplo a oportunidade destes conhecerem melhor os espaços da universidade que tem o campus na cidade em que moram. “É muito interessante poder ver uma célula e ter a oportunidade de mexer no microscópio e conhecer um pouco mais da universidade”, relata Diana, aluna participante do projeto.
         A prática revelou um dos objetivos que permeiam o subprojeto PIBID-Ciências em Realeza, a aproximação da escola com a universidade, um elo necessário e que favorece tanto uma instituição quanto outra. Além de práticas de visualização de célula animal, célula vegetal e bactérias, os alunos tiveram a oportunidade de ver as estruturas de formigas na lupa e de entrar em contato com o pequeno acervo de insetos que o insetário de zoologia da universidade dispõe.
         A aula prática foi previamente planejada e além do coordenador e orientadores contou com o apoio dos laboratoristas, do professor Ms Daian de Oliveira que disponibilizou o insetário e os materiais da prática, e principalmente com a professora Ms Caroline Voltolini que auxiliou as bolsistas em todas as práticas. As bolsistas avaliaram a aula por meio de anotações, desenhos e reflexão dos alunos sobre cada prática.

“Em todas as bibliografias o futuro professor é orientado a formar alunos com formação científica investigadora, apenas colocamos os investigadores à investigar!” (Andréia Belusso)

     









Referências Bibliográficas
ALMEIDA, W. et al. Percepção de estudantes de nível médio sobre a importância de aulas práticas em biologia nas escolas. X Jornada de Ensino, Pesquisa e Extensão, 18 a 22 de outubro, UFRPE: Recife, 2010.
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Movimento Retilíneo Uniforme (MRU)
Objetos de Aprendizagem
Simulação online 1
Simulação online 2
Simulação online 3
Software comercial
Experimento Bolhas Confinadas
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